Índice deste artigo:

Balão intragástricoMatéria escrita com a colaboração do Dr. Sérgio A. Barrichello Junior - CNS 980016280949856 - SAF diagnósticos.


No ano de 1982 foi proposto o uso de balão intragástrico para que ocupasse espaço dentro da câmara gástrica, dando sensação de saciedade precoce. Essa seria mais uma tentativa de conter a obesidade, patologia crônica multifatorial, com um contínuo aumento de incidência na maioria dos países do mundo. O gasto com essa doença chega a cerca de 100 bilhões de dólares por ano nos EUA.

A Agência de Alimentação e Remédios (FDA) aprovou, em 1985, um balão que obteve resultados desastrosos, como obstrução intestinal, erosões e/ou ulcerações gástricas. Logo, esse balão foi retirado do mercado.

Em 1998, foi lançado o balão de silicone (Bioenterics Intragastric Ballon, BIB), com ótima aceitação. O balão, que é preenchido com água, visa induzir a saciedade precoce – devido à diminuição do esvaziamento gástrico e ocupação do espaço – e a queda dos níveis de grelina (conhecido com o hormônio da fome), é produzido com um material resistente, tem ajuste para várias capacidades, superfície lisa e é radiopaco (visível ao raio X).

O balão é colocado por meio de endoscopia convencional, utilizando medicações espasmódicas e antieméticas - classe de medicamentos que possuem como principal característica o alívio dos sintomas relacionados ao enjoo, as náuseas e os vômitos - por alguns dias e mantendo o uso de inibidores de bomba de prótons por todo o tratamento. Passados 6 meses, ele é retirado por endoscopia, preferencialmente em ambiente cirúrgico, com auxílio do anestesista.

Houve uma grande euforia inicialmente, seguida de um desânimo intenso, por não ser um mecanismo milagroso para perda de grandes quantidades de peso. Hoje, essa alternativa de tratamento é muito útil e apresenta excelentes resultados quando bem indicada.

 

balao_intra_gastrico

Publicidade