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 KPC, a superbactériaNo dia 20 de outubro de 2010 o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou que há casos confirmados de infecção hospitalar causada pela superbactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) em São Paulo, Paraná e Distrito Federal.

De janeiro até o dia 15 de outubro, 18 pacientes morreram por conta da KPC. No mesmo período, foram registradas 183 pessoas portadoras da bactéria, 46 delas tiveram infecção.

Para esclarecer este assunto e fornecer mais informações à população em geral, o Idmed convidou o médico infectologista Jacyr Pasternak para solucionar as principais dúvidas. Veja abaixo.

 

O que é a bactéria KPC? Quais doenças ela pode causar?

A bactéria não tem nada de novo: é a Klebsiella pneumoniae, uma enterobactéria conhecida há muito tempo. O que é diferente é que algumas cepas, denominadas KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase), adquiriram a capacidade de fazer uma enzima, a carbapenemase, que inativa os antibióticos carbapenêmicos, drogas que eram as mais ativas contra germes gram-negativos.

 

Quais são as formas de contágio?

Contágio não há – não é doença contagiosa no sentido exato do termo. O que pode haver é transmissão hospitalar entre pacientes através de profissionais de saúde (mãos) ou fluidos orgânicos que passem de um paciente para outro.

 

Quem é mais suscetível a contrair essa bactéria?

Essa bactéria é tipicamente hospitalar: nos hospitais ficam doentes que tomam antibióticos por mais tempo, e esses é que, por esse uso, selecionam cepas bacterianas resistentes. Portanto são esses doentes com longa permanência em hospital que têm mais risco de adquirir essa bactéria, que pode dar infecção ou simplesmente colonizar o paciente sem dar qualquer sintoma – mas esse paciente colonizado, assintomático, pode passar a bactéria para um outro se os cuidados para evitar infecção hospitalar não forem adequados, e esse outro pode ter a doença.

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