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AlzheimerA doença de Alzheimer é uma doença degenerativa do sistema nervoso central. Entende-se como "degenerativo" o grupo de enfermidades que tem múltiplas causas – genéticas, ambientais e fatores individuais. Embora a genética seja importante, não existe um padrão de herança conhecido e a imensa maioria dos casos é acidental, ou seja, se um parente de 1º grau teve a doença não quer dizer que os outros a terão.

Como em toda doença degenerativa, a incidência aumenta com a idade; estima-se que na faixa etária entre 80 e 90 anos 40% das pessoas possuem as alterações patológicas que caracterizam a doença de Alzheimer.

 

Como reconhecer a doença de Alzheimer?

1 - O mais importante é entender o conceito de cognição, ou seja, o conjunto de habilidades mentais que foram adquiridas no desenvolvimento. Quando nascemos nossa cognição é quase zero. Com o passar dos anos desenvolvemos nosso sistema cognitivo: as habilidades motoras, a linguagem, todos os tipos de memórias, a capacidade de manter atenção e concentração, a capacidade de planejar, executar, abstrair e calcular, orientar-se em tempo e espaço, etc. Esse desenvolvimento é finito e termina por volta dos 20 anos de vida. A partir daí essas habilidades estão definidas e só podemos instalar o conhecimento e a experiência à medida que vamos vivendo.

2 - A partir dos 50 anos entramos numa curva de declínio – assim como o físico, nosso sistema cognitivo também se deteriora. É um declínio lento, mas é progressivo. Se pudermos estender a vida para o infinito, certamente a terminaremos do ponto de vista cognitivo como começamos ao nascer, ou seja, com uma cognição mínima.

3 - Pelo exposto, não é incomum a partir dos 50 anos começarmos a ouvir queixas do tipo "minha memória está falhando", "demoro mais tempo para fazer uma tarefa que antes eu tirava de letra", etc.

4 - Diante desse quadro, o neurologista tem quatro desafios pela frente:

  • a - saber se o rendimento cognitivo está adequado para a faixa etária;
  • b - se o rendimento não estiver de acordo com a faixa etária, definir quais aspectos da cognição estão comprometidos;
  • c - definir o motivo do declínio exagerado – e daí a doença de Alzheimer é apenas uma das causas entre as muitas possíveis;
  • d - planejar o tratamento conforme a causa identificada.

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