Insônia: causas, tipos e tratamentos

Insônia é o mais frequente dos distúrbios do sono, fazendo parte do grupo das dissonias, que são alterações primárias do sono que acarretam prejuízo na qualidade ou na quantidade do sono noturno. Caracteriza-se pela dificuldade repetida em iniciar e/ou manter o sono, acarretando prejuízo na eficiência do sono e comprometimento da qualidade da vigília no dia seguinte. As consequências são variadas e extensas, levando a prejuízo na qualidade de vida, comprometendo as atividades laborais e sociais e ainda causando sofrimento psicológico. É classificada de acordo com as causas, com os tipos e com a duração. Pode se manifestar como atraso para iniciar o sono, como fragmentação do sono (acordar várias vezes e voltar a dormir) ou ainda como redução do tempo total de sono. Os sintomas no dia seguinte costumam ser sensação de sono não reparador, sonolência excessiva, irritabilidade e decréscimo no humor.

Causas

As causas podem ser divididas em situacionais, psiquiátricas, médicas e medicamentosas. As causas situacionais se referem à sobrecarga psicológica ou ambiental, geralmente relacionada a eventos de perdas ou de aumento de responsabilidade ou de espaço vital. Apresenta remissão espontânea quando o nível de sobrecarga é reduzido ou quando ocorre adaptação da pessoa à situação geradora de tensão. As causas psiquiátricas estão associadas a transtornos mentais importantes, tais como Transtornos de Humor e de Ansiedade, Esquizofrenia, Transtornos de Personalidade, Transtornos Somatoformes, e ainda àqueles relacionados ao uso abusivo de substâncias. Situações de desconforto físico, dor e dispneia, frequentemente associados a quadros oncológicos, respiratórios, musculoesqueléticos, entre outros, podem influenciar negativamente na capacidade de iniciar e consolidar o sono.

Homens e mulheres são acometidos da mesma forma? Existe alguma diferença?

A prevalência é maior em mulheres e idosos, mas atinge também homens, crianças e adolescentes. Ocorre em cerca de 10% da população geral de forma crônica, sendo fator de risco para depressão.