Incontinência urinária: erroneamente interpretada como processo normal do envelhecimento, deve ser investigada

O que é a incontinência urinária?

Incontinência urinária é qualquer perda involuntária de urina. Na criança pequena, aproximadamente até a idade de um ano e meio, é considerada fisiológica. Contudo, em adultos e idosos, perdas involuntárias de urina devem ser entendidas como anormalidades, apesar de serem muitas vezes interpretadas, erroneamente, como parte do processo normal de envelhecimento.

Quais são as causas? Quais são os tipos de incontinência urinária?

Há várias causas e também há vários tipos de incontinência urinária e não é raro que um mesmo paciente possua mais de uma causa e seja portador de mais de um tipo de incontinência. Com relação à duração dos sintomas, a incontinência pode ser classificada como transitória ou estabelecida. Os episódios transitórios são verificados em situações que desencadeiam ou agravam quadros de incontinência durante certo período, como infecções do trato geniturinário (cistites, uretrites e vaginites), uso de determinados medicamentos (especialmente diuréticos), incapacidade de acesso à toalete (pessoas acamadas, mesmo que não possuam doenças que resultem em incontinência), etc. A incontinência estabelecida também possui diversas causas, e seus portadores são divididos em três principais grupos, de acordo com os sintomas predominantes. O primeiro corresponde àqueles que apresentam perda involuntária de urina, acompanhada ou imediatamente precedida por urgência (necessidade súbita de urinar, difícil de retardar), decorrente de problemas neuromusculares. O segundo é o dos portadores de incontinência de esforço, que perdem urina quando espirram, tossem, riem ou fazem algum esforço que aumente a pressão abdominal, em consequência do enfraquecimento do esfíncter da bexiga. O terceiro grupo de pacientes é composto por portadores de doenças do trato urinário que dificultam a eliminação normal de urina, como a hiperplasia benigna da próstata, ou a perda de contratilidade da musculatura da bexiga; nesses casos, a perda urinária costuma ocorrer quando a bexiga está repleta e não possui capacidade para conter mais urina.