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Quais são as principais medidas de controle e profilaxia?

A prevenção das infecções por hantavírus baseia-se em medidas educativas no sentido de prevenir o contato com roedores silvestres, bem como com suas excretas. Assim, deve-se evitar a colonização de roedores em regiões próximas às residências e em locais de armazenamento de colheitas.

Entre as medidas a serem tomadas, destacamos:

1. Destino adequado ao lixo.

2. Aeração e insolação de ambientes fechados (silos, paióis, etc.).

3. Evitar varrer esses locais, preferindo limpeza úmida (evita a formação de poeira que pode conter o vírus).

4. Construção de galpões agrícolas a uma distância maior que 30 metros das residências.

5. Evitar pernoitar no campo, em atividades de trabalho ou lazer, já que os roedores possuem atividade exclusivamente noturna.

 

Como é feito o diagnóstico e o tratamento?

O diagnóstico clínico da doença deve ser realizado por um profissional médico. A apresentação dos sintomas anteriormente descritos e um histórico de contato com roedores silvestres ou lugares onde possam existir os mesmos são indicadores de uma possível infecção por hantavírus. Após a suspeita clínica são realizados exames, no soro do paciente, com o intuito de detectar anticorpos contra o hantavírus, bem como o próprio vírus. Alguns exames laboratoriais também podem auxiliar no diagnóstico correto da doença. No hemograma, maiores concentrações de glóbulos vermelhos e diminuição das plaquetas podem ser um forte indício de infecção por hantavírus, sempre quando correlacionado ao diagnóstico clínico e ao histórico do paciente. Outro exame auxiliar é a radiografia de tórax.

Até o momento, não há droga antiviral totalmente aprovada para o tratamento da hantavirose. O tratamento é geralmente limitado ao cuidado do paciente, o qual é mantido em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) com medidas de suporte respiratório (Ventilação Mecânica), controle e monitoramento da função cardíaca e restrição de líquidos. É importante destacar que o diagnóstico rápido e uma terapia adequada estão diretamente relacionados à sobrevida do paciente.

 

 

Alex Martins Machado é Biomédico e Doutor em Imunologia Básica e Aplicada - Bioagentes Patogênicos (Virologia Clássica e Molecular) pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (FMRP-USP). Atua nos seguintes temas: Arboviroses, Hantaviroses e Arenaviroses.

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