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A alimentação e a prática de atividades físicas podem prevenir essas dores no peito recorrentes?

Comparemos o corpo humano pós-infância a um automóvel novo. Se utilizarmos o combustível adequado e o óleo especificado pelo fabricante, atendermos às normas e orientações presentes no manual do fabricante e realizarmos as revisões indicadas, provavelmente teremos um carro para muitos anos e sem problemas mecânicos, ou mesmo de pintura e detalhes, a não ser que já possua um defeito de fabricação. Assim é o ser humano. Com alimentação adequada e equilibrada, exercícios compatíveis com sua aptidão física, longe de situações de estresse e preocupação anormal com os bens materiais e se não houver nenhuma doença de natureza congênita (de nascença), a vida será longa e com poucas possibilidades de eventos cardiovasculares, como infarto.

 

Qual é a recomendação para quem quer fazer exercícios nesse caso?

Para realizarmos exercícios físicos, fora os que estão presentes no nosso cotidiano e atividades pessoais, primeiramente devemos escolher o exercício compatível com nossa satisfação pessoal e gosto e depois passar por uma avaliação cardiológica precisa. Se possível, é importante também passar pela orientação de um nutrólogo, de um fisioterapeuta e de um professor de educação física experiente para sua orientação progressiva aos exercícios escolhidos, como respirar e movimentar-se adequadamente, escolher o local adequado e compatível com a atividade física escolhida. Cabe aqui lembrar que o exercício físico deve ser realizado pelo menos três vezes na semana, regularmente e progressivamente. Os "atletas de final de semana", bem como os "jogadores de peladas inocentes", sem as orientações devidas, estão sujeitos a maior probabilidade de ocorrência de eventos cardiovasculares e morte súbita.

 

 

Dr. Antonio Carlos Fimiani – CRMESP 33.188 – é mestre e doutor em Cardiologia pela Unicamp. Médico da Prefeitura Municipal de Santos-SP, também é membro do Serviço de Clínica Médica da Santa Casa da Misericórdia de Santos, da Sociedade Brasileira de Cardiologia e da American Heart Association.

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