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Leucemia agudaO que é a leucemia aguda?

A compreensão das anormalidades que ocorrem em indivíduos com leucemia aguda exige discussão, ainda que sumária, sobre a produção e a função das células do sangue: as hemácias, os leucócitos e as plaquetas. Em condições normais, as hemácias sobrevivem, em circulação, cerca de quatro meses. Já os leucócitos e as plaquetas sobrevivem por algumas horas a alguns dias, nos vasos sanguíneos. Estas células são produzidas na cavidade dos ossos, a medula óssea, a partir da proliferação, diferenciação e maturação de células imaturas, ditas células precursoras. As hemácias são responsáveis pela nutrição e oxigenação das células do organismo. Os leucócitos, particularmente os neutrófilos, são fundamentais para o controle de infecções bacterianas e as plaquetas evitam ou controlam as hemorragias decorrentes da rotura de vasos sanguíneos.

A leucemia aguda é caracterizada pela proliferação clonal de células precursoras que perdem a capacidade de diferenciação e maturação. Assim, essas células acumulam na medula óssea, mas são incapazes de formar números adequados de hemácias, leucócitos e plaquetas. A doença pode ocorrer em célula precursora de origem mielóide ou linfóide. Desta forma, dois tipos da doença são possíveis: a leucemia mielóide aguda e a linfóide aguda.

A incidência da doença é de cerca de 6 casos para 100.000 habitantes por ano nos Estados Unidos. Os dados brasileiros sobre a incidência da doença parecem incompletos. A leucemia aguda acorre, principalmente, em adultos, com predomínio discreto em homens. A leucemia mielóide aguda é mais comum em adultos, enquanto que crianças, em geral, manifestam o tipo linfóide da leucemia aguda.

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