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 Uma revisão sistemática de nove publicações de pesquisas realizada em estudo da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP confirmou que há evidências científicas apontando relação entre a periodontite e o desenvolvimento da aterosclerose em humanos, um dos fatores de risco mais importante para a doença cardiovascular. A revisão identificou também que o tratamento periodontal é benéfico para controlar os riscos de desenvolvimento da aterosclerose.
Uma revisão sistemática de nove publicações de pesquisas realizada em estudo da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP confirmou que há evidências científicas apontando relação entre a periodontite e o desenvolvimento da aterosclerose em humanos, um dos fatores de risco mais importante para a doença cardiovascular. A revisão identificou também que o tratamento periodontal é benéfico para controlar os riscos de desenvolvimento da aterosclerose.
A periodontite é uma doença inflamatória crônica que, se não tratada, leva a mobilidade e perda de dentes. É mais comum ser diagnosticada por volta dos 35-40 anos de idade e tem uma alta prevalência, aproximadamente 50% da população adulta. Entre os sintomas estão o mau hálito, inflamação e sangramento na gengiva.
“Ao analisarmos os dados das pesquisas, concluímos que dentre compostos químicos que refletem risco para aterosclerose, chamados de marcadores sistêmicos, relacionados com a fisiopatologia da doença, os fatores lipídicos, ou seja, as gorduras, parecem fornecer os resultados que melhor refletem a associação entre periodontite e aterosclerose. Em todos os trabalhos que avaliaram esses marcadores foram relatadas a sua elevação na presença de periodontite e redução após o tratamento periodontal”, afirma Adriana.
Outro achado da pesquisadora foi que quanto maior o grau de severidade e extensão da periodontite apresentados pela população amostrada nos estudos, mais evidentes as alterações locais e sistêmicas relacionadas com a aterosclerose, como lesões na parede interna das artérias e presença de compostos químicos indicadores de inflamação no sangue. “Os estudos analisados mostraram que, embora as bactérias da periodontia tenham apresentado sensibilidade ao antibiótico, sem o tratamento mecânico da periodontite a antibioticoterapia não foi eficaz nem para prevenir eventos cardiovasculares recorrentes e nem para restabelecer a saúde periodontal.”
- Ant
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