Índice deste artigo:

Mulheres e cigarro

Na mira da indústria do tabaco, as mulheres começam a fumar cada vez mais cedo. Seja pelos cigarros direcionados ao público feminino ou pelo ultrapassado apelo de liberdade e poder trazido pelo tabaco, a verdade é que cerca de 20% das mulheres de todas as idades são fumantes. “Há aumento na incidência do hábito entre as mulheres jovens, o que acarreta maiores riscos à saúde devido ao maior tempo de exposição aos componentes do cigarro”, afirma Eliana Aguiar Petri Nahas, professora e doutora em ginecologia do departamento de Ginecologia e Obstetrícia da UNESP (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho).

Responsável por doenças cardiovasculares e respiratórias em homens e mulheres, o cigarro prejudica também o aparelho reprodutor feminino. Mulheres fumantes podem ter manifestações clínicas de menopausa precoce ou adiantamento da idade de menopausa em dois anos. Além disso, têm muito mais risco de ter vulvovaginites – inflamações infecciosas do trato genital feminino - e o câncer de colo uterino, tumor maligno que prevalece 7 vezes mais em fumantes.

Segundo a ginecologista, o tabagismo diminui em 30% a fertilidade da mulher, além de propiciar maior risco de desenvolver gravidez tubária. E, durante a gestação, o bebê também corre riscos. A mãe que fuma tem maior risco de ter um aborto espontâneo, natimortos ou bebês prematuros e de baixo peso.

Publicidade