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A higiene íntima feminina foi vista por muito tempo como um tabu para grande parte das mulheres. No entanto, hoje o tema é um dos principais focos de discussão nas consultas ao ginecologista, o que tem elevado os cuidados para a prevenção de problemas decorrentes da má higienização.

"O assunto deixou de ser tabu devido ao estilo de vida atual, com roupas apertadas e sintéticas. Além disso, há também a correria do dia a dia e a depilação com cera, que ocasionam mudanças (no pH, por exemplo) responsáveis por reduzir as defesas e facilitar o aparecimento de doenças e infecções. Hoje em dia, as mulheres e o mercado buscam mais informações sobre este tema", observa a biomédica Márcia Cristina Freitas.

A higiene íntima é fundamental para a manutenção da saúde física e psicológica, pois um descuido, seja pelo excesso ou pela falta de higiene, pode levar a um dano leve, como a ardência, até algo mais sério, como a proliferação de fungos e bactérias. "Dependendo do sistema de defesa, pode tornar-se algo recorrente, e assim deixar a pessoa constrangida e abalada. Algumas vezes, não conseguem nem contar para o próprio médico e escondem do companheiro", completa Márcia.

Ainda segundo a especialista, as principais doenças que uma correta higiene íntima pode prevenir são a tricomoníase, causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis, e a vaginose bacteriana, que provoca mau cheiro perceptível, principalmente após relações sexuais, e que é causada pela proliferação de bactérias da flora normal (Gardnerella vaginalis, Prevotella, Porhyromonas, Bacteroides, Peptostreptococcus, Mycoplasma hominis, Ureaplasma urealyticum, Mobiluncus, Fusobacterium e Atopobium vagina).

"De todos os problemas decorrentes da má higiene, o causado pela Gardnerella vaginalis é o mais prevalente, presente em 96% dos casos. Há também a candidíase, causada pelo fungo Candida albicans, que provoca coceira intensa e corrimento branco", afirma Márcia.

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