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cisto-pilonidal

O cisto pilonidal pode ser definido como um trajeto sob a pele de natureza crônica e está presente no sulco entre os dois glúteos. É mais frequente em homens, e é raro em pessoas com idade superior a 40 anos. "Tem maior incidência entre os 16 e 20 anos, sendo raro em crianças e frequente em regiões com muitos pelos", explica o proctologista Paulo Branco.

Geralmente é formado por um trajeto que drena em dois orifícios, porém mais de um trajeto e mais de dois orifícios poderão estar presentes. O cisto pilonidal não tem uma causa exata, mas, segundo Branco, duas teorias tentam explicar o seu surgimento:

- Congênita: baseada em conceitos puramente teóricos.

- Adquirida: tem sido mais aceita e explica que o cisto seria consequente da inflamação dos folículos pilosos (local onde os pelos nascem) ou os pelos nascem para dentro da pele, funcionando como um corpo estranho, desencadeando uma resposta inflamatória do organismo na volta do pelo, que chamamos de cisto pilonidal.

De acordo com o proctologista, o diagnóstico não é difícil. "Os pacientes se referem ao aparecimento de forma aguda, com uma dor de moderada a intensa na saída de pelos e perda de secreção pelos orifícios do cisto", explica ele. A dor muitas vezes piora com a postura, prática de esporte como o ciclismo e traumatismos locais. Raramente o médico conseguirá detectar os orifícios desse cisto fora da fase aguda, isto é, antes do paciente estar ciente da presença da afecção. Se não houver tratamento nessa fase aguda, esses cistos poderão evoluir para a cronicidade devido à ruptura e formação de novos trajetos fistulosos.

Os exames radiológicos, ressonância magnética e ultra-sonografia deverão ser pedidos somente para os casos em que o médico deseja estudar a extensão do cisto, número de trajetos fistulosos e para os casos de reoperação. Esses exames facilitam para o cirurgião achar o plano tecidual certo para retirada total do cisto.

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