Saiba mais sobre o novo tratamento para próstata aumentada, comum em homens acima de 40 anos

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico do aumento prostático é dado pela história clínica com a presença dos sintomas acima descritos, toque retal e exame do PSA. Com esses dados, o urologista geralmente é capaz de diagnosticar o aumento benigno da próstata. Em casos de dúvidas, outros exames, como os de urina, ultrassom da próstata via abdominal, o estudo urodinâmico e a biópsia prostática, podem ser necessários.

Recentemente, o Conselho Federal de Medicina aprovou o uso da embolização das artérias da próstata para o tratamento da próstata aumentada. Quais são os principais benefícios desta técnica e no que ela se diferencia dos tratamentos convencionais?

Estudos recentes demonstram que a embolização das artérias prostáticas para o tratamento da HPB é um procedimento seguro e efetivo, com baixas taxas de efeitos colaterais. A embolização das artérias que nutrem a próstata é feita com substâncias que obstruem o suprimento sanguíneo, levando à morte das células prostáticas e consequente redução do volume do órgão. A embolização é um método minimamente invasivo e parece ser uma opção para pacientes refratários aos tratamentos não invasivos convencionais. Segundo trabalhos atuais, a embolização prostática permite uma melhora significativa dos sintomas associados ao aumento da próstata, sem prejuízo à potência sexual e rápida recuperação, além de poder ser realizada sem a internação do paciente. Contudo, até 15% dos pacientes apresentam falha a esse tipo de tratamento. Os tratamentos minimamente invasivos convencionais exigem anestesia, internação e não possuem resolutividade satisfatória. O tratamento cirúrgico padrão para o tratamento do aumento prostático é a ressecção endoscópica da próstata, um tipo de raspagem feita através do canal urinário, que, embora seja muito eficiente, pode cursar com taxas consideráveis de complicações.

Dr. Nelson Gaspar Dip Júnior é médico formado pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Residência Médica em Cirurgia Geral e Urologia pela Santa Casa de Campo Grande - MS. Título de Especialista em Urologia pela Sociedade Brasileira de Urologia. Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Urologia, Sociedade Latino-Americana de Urologia e Sociedade Americana de Urologia. Doutor em Urologia pela Faculdade de Medicina da USP. Ministra palestras e workshops em Uro-Oncologia e Uso Racional de Uro-Vaxom em Infecções Urinárias de Repetição. Filiado ao Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo – CREMESP – sob o número 144.062.