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A tragédia do incêndio ocorrido em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, parece ainda reverberar na imprensa e não para de sensibilizar pessoas no país todo. Além do número de vítimas fatais, que subiu nos últimos dias e atualmente está em 239 mortos, cresce o número de pessoas que sofrem com as marcas psicológicas do desastre e que provavelmente acompanharão para sempre vítimas e familiares envolvidos.

Um dos sintomas mais comuns em situações trágicas, como as vivenciadas em Santa Maria, é o Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT), a principal, porém não a única, reação humana patológica a um evento traumático de grande magnitude, segundo o médico psiquiatra William Berger.

"Ele [o TEPT] pode ser considerado uma reação exagerada e crônica de nosso instinto de sobrevivência e autopreservação. Após passar por um evento que envolva morte ou risco à integridade física e/ou mental, no qual o indivíduo reage com medo, horror ou sensação de impotência, algumas pessoas desenvolvem sintomas de revivescências, comportamento evitativo a situações que lembrem a cena traumatizante e hiperexcitabilidade", explica o especialista.

Como algumas dessas reações acontecem naturalmente em pessoas que passam por esse tipo de experiência e desaparecem com o tempo, para realizar o diagnóstico de TEPT esses sintomas precisam durar mais de um mês e causar grande sofrimento para o indivíduo. Assim, o TEPT é um transtorno mental classificado dentro dos transtornos de ansiedade e seus sintomas são consequência de um hiperconsolidação da memória de um evento traumático.

Conheça mais sobre o TEPT e como é feito o tratamento de pessoas que estão diretamente ou indiretamente envolvidas em eventos trágicos na entrevista completa com o Dr. William Berger, um estudioso do tema.

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