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TDAH no adolescente e no adulto Muito se tem falado atualmente sobre o TDAH e é grande o interesse, não só da sociedade, como de pesquisadores, médicos, psicólogos e educadores, devido aos prejuízos que sabidamente o transtorno de déficit de atenção costuma ocasionar na vida de seu portador, que na grande parte das vezes “desce”, literalmente, “o morro abaixo”, num “looping negativo”, do tipo “espiral decrescente”.

Não é à toa que, provavelmente, nenhum outro distúrbio tenha sido tão estudado nos últimos tempos quanto o TDAH, que atinge cerca de 5 a 10% das crianças em idade escolar, causando grande impacto na infância, juventude e na idade adulta. Pesquisa criteriosa feita no Brasil encontrou uma incidência de 5,8% nos nossos jovens de 12 a 14 anos. Os estudos mostram também que aproximadamente 60 a 70% das crianças com TDAH evoluirão com sintomas da doença na vida adulta, onde a prevalência mundial para essa faixa etária (adultos) gira em torno de 4%, número bastante expressivo, por sinal.

Uma pergunta emerge prontamente: onde estão os adolescentes e adultos portadores de TDAH? Infelizmente, a grande maioria deles nem sabe que tem o transtorno. Na verdade, a maioria nunca ouviu falar de TDAH. As pesquisas mostram que apenas uma pequena parcela dos nossos adolescentes e adultos recebe diagnóstico correto, algo em torno de 8%. Dos que recebem tratamento, a maioria ainda é submedicada.

Não é novidade em nenhum país do mundo que o transtorno acomete, de modo adverso, a qualidade de vida não só do portador, mas também de toda a família envolvida na situação, exigindo de todos um grande esforço para entender e lidar com os sintomas do transtorno. Não é fácil conviver com o indivíduo portador de TDAH e muito menos fácil é ser o próprio portador.

Tanto que, entre portadores de TDAH, o número de divórcios é quatro vezes maior quando comparado à população geral. As brigas são constantes, as queixas inúmeras, a falta de dinheiro quase sempre é a regra. Tudo fica decepcionante, frustrante e desanimador. Dentre as discórdias amorosas, são comuns as queixas de atrasos frequentes, mudanças de plano sem aviso prévio, esquecimentos de datas importantes (aniversário de namoro ou de casamento), falta de atenção quando o/a parceiro/a está de roupa nova, quando o computador se torna mais importante que ele/a, falta de autocontrole, etc.

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