Cerco ao tabagismo no combate ao câncer de pulmão

Tabagismo ainda é o responsável por cerca de 200 mil mortes por câncer

O tabagismo é um hábito que, de acordo com Organização Mundial da Saúde, responde pela incidência de mais de 50 tipos de doenças e por cerca de 5 milhões de mortes anuais no planeta. Isso equivale a uma morte a cada seis segundos e, ainda, 600 mil mortes a cada ano devido ao fumo passivo do tabaco.

Dos cerca de 1,25 bilhão de fumantes no mundo, mais de 30 milhões são brasileiros. No país chamam a atenção os dados a respeito de câncer de pulmão, de boca, de laringe e de esôfago. Segundo o Instituto Nacional de Combate ao Câncer (INCA), estima-se que cerca de 200 mil mortes/ano por câncer são causadas pelo tabagismo. Devido a esses números, diversas ações vêm sendo desenvolvidas com o objetivo de diminuir os efeitos do vício.

Desde o ano 2000, quando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou a Lei 10.167 em restrição à propaganda de cigarro, o Brasil iniciou uma grande campanha por um país menos doente e sem tabaco. As medidas implantadas pelo Ministério da Saúde, como, por exemplo, a impressão de imagens chocantes nos maços, proibição do fumo em ambientes fechados e, recentemente, em locais públicos, vêm contribuindo decisivamente na diminuição do câncer de pulmão. As medidas ocasionaram também uma mudança nos valores da sociedade. Quem se lembra do cinema antigo e do início da TV provavelmente terá em mente que o cigarro significava status, era glamouroso e compunha as cenas de diálogo como algo rotineiro. Hoje, graças a todas estas campanhas, ele é visto como o vilão e os números comprovam a diminuição da aprovação do vício.