Índice deste artigo:

Mentir: até quando é normal?

Quem nunca contou uma mentirinha no trabalho ou então para os amigos? Segundo a psicóloga Érika Vendramini, todos mentem e a mentira não apenas é considerada normal, como necessária para a vida em sociedade, por isso não se pode considerar todas as mentiras da mesma forma e com a mesma culpa. "Na psicologia a mentira em si não é suficiente para definir um quadro clínico. No entanto, como qualquer outro comportamento, se for excessivo e se causar prejuízo ou sofrimento (ao mentiroso ou ao outro), pode-se dizer que o mentir é patológico. Além disso, deve-se levar em consideração os sentimentos, pensamentos e propósitos que acompanham a mentira", diz ela.

De acordo com a psicóloga, existem vários tipos de mentiras. A chamada "mentira convencional" é aquela que faz as pessoas dizerem "Bom dia" às outras, sem que se esteja realmente desejando que elas tenham um bom dia. Existe ainda a "mentira carinhosa", que faz os adultos inventarem histórias como o Papai Noel para alegrar as crianças. Ou um tipo de mentira bondosa que consola um familiar à beira da morte, com um "Vai ficar tudo bem!". Ou ainda a chamada "mentira branca", quando, por exemplo, alguém pergunta se a outra pessoa gostou do seu novo corte de cabelo e essa diz que sim, mesmo não tendo gostado. Nesse caso a verdade seria uma tremenda grosseria e não traria benefício nenhum.

Publicidade