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Especial dia do Médico: entrevista Nestor SchorVindo de uma família composta de médicos, Nestor Schor teve o primeiro contato com a medicina em casa. Seu pai o levava para visitar os pacientes no hospital. Apaixonado pela profissão, aponta a riqueza intelectual e o contato humano como sendo as maiores vantagens de ser médico.

Com um extenso currículo, Schor, hoje com 61 anos, já fez pós-doutorado na Harvard Medical School e na Cornell Medical School. Hoje, é professor titular da Universidade Federal de São Paulo e membro titular da Academia Brasileira de Ciências e da Academia Nacional de Medicina. Nas horas vagas, dedica-se à leitura, ao cinema e à paixão por motocicletas.

Schor vê na Internet uma grande oportunidade para melhorar o conhecimento. “É muito bom quando os pacientes vêm informados. A conversa é em outro nível e o processo decisório entre as possíveis condutas é mais coletivo”, explica.

 

Idmed: O senhor sabe mensurar quantos pacientes já vêm informados da própria doença no consultório? Como consultar um paciente assim?

Schor: Tem sido dinâmico. Recentemente um número crescente deles, pelo acesso à Internet, vêm informados, mas não sabem filtrar bem as informações ou então as obtêm de fontes não precisas. Minha mensuração é imprecisa, mas diria que algo entre 20% e 30% dos pacientes. É muito bom quando eles vêm informados. A conversa é em outro nível e o processo decisório entre as possíveis condutas é mais coletivo.

 

Idmed: O senhor acredita que atualmente os pacientes se tornaram mais críticos e exigentes quanto ao tipo de informações sobre doenças ou tratamentos, do que há 20 anos?

Schor: Sem dúvida. A informação melhorou muito a qualidade e a exigência. Muitos vêm tendo lido meu currículo e até discutem coisas que escrevi ou pesquisei.

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