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Saiba mais sobre a hiperidrose

Suar no calor é normal, certo? Mas você já pensou suar até mesmo no frio, e em locais como mãos, pés e rosto? Isso não parece normal, e de fato não é. Essa é a chamada hiperidrose, ou doença do suor excessivo.

Segundo o cirurgião torácico Dr. Antônio Vendrami Malucelli, ela pode ser primária ou secundária: a primária é quando ocorre o aparecimento de suor em excesso em ocasiões em que ele não deveria ocorrer, e não é decorrente de nenhuma doença. Já a secundária é quando o suor em excesso é decorrente de alguma doença, como tumor, hipertireoidismo, entre outras.

Mas como diagnosticá-lo, se suar é algo normal? De acordo com o Dr. Malucelli, uma boa maneira é observar se ocorre suor em excesso em dias frescos ou frios, afinal, ninguém deveria suar nessas ocasiões. "Isso acontece porque teoricamente ocorre uma disfunção do nervo simpático torácico ou lombar, que envia mensagens exageradas, várias vezes ao dia, em ocasiões em que não deveria, e isso acaba gerando estímulos nas glândulas sudoríparas, causando o suor", explica ele. Os locais mais comuns são face, mãos, axilas e pés. De acordo com o especialista, ela pode ser hereditária e, portanto, ocorre com maior frequência em membros da mesma família.

Uma das formas de tratamento é a medicação oral, com anticolinérgicos, ou com medicamentos tópicos, como desodorantes com altas doses de alumínio em sua formulação.

O botox também tem sido usado contra a hiperidrose. Segundo o Dr. Malucelli, ele deve ser aplicado após o médico realizar um teste, que consiste na aplicação tópica de iodo e amido, para serem identificadas as áreas de maior concentração de glândulas sudoríparas. Após isso, aplica-se o botox em maior quantidade nessas áreas. Porém, esse é um tratamento temporário, pois o suor desaparece por cerca de 4 a 6 meses.

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