Benefícios a curto prazo no combate ao fumo

Países que aderiram à proposta de controle do tabagismo no mundo comemoram no dia 31 de maio o Dia Mundial sem Tabaco. Todos os anos, campanhas são idealizadas e colocadas em prática nesta época pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que tem como tema “Mostre a verdade. Advertências Sanitárias salvam vidas”.

Em 2009, o foco são as indicações visuais nos maços de cigarro e como usá-las para alertar sobre os riscos da fumaça em locais fechados para os não-fumantes. Segundo dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer), fumantes passivos dão custos anuais de cerca de R$37 milhões com gastos em atendimento médico e previdência social. Outra preocupação é não estimular jovens e crianças e evitar que esses se tornem dependentes da nicotina.

A indústria do tabaco costuma utilizar embalagens chamativas e sofisticadas para atrair novos consumidores e estimular os fumantes a continuar adquirindo seus produtos. O mesmo acontecia com comerciais de cigarros veiculados na televisão. O Inca considera que exigir que essas embalagens contenham advertências é uma estratégia simples, barata e eficiente, por transmitirem uma mensagem clara e imediata, tornando-as menos atraentes. Para o Dr. Sérgio Ricardo Santos, coordenador da Comissão de Tabagismo da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), o importante nas capanhas anuais está na sensibilização de fumantes e não-fumantes para os temas de interesse no combate ao tabagismo. "Informando a população, reduz-se barreiras às políticas de defesa dos fumantes passivos e orienta-se fumantes sobre os riscos do consumo crônico de fumaça proveniente da queima de tabaco. Consequentemente há uma movimentação, mesmo que pouco perceptível, de toda a sociedade, para caminhos menos permissíveis ao tabagismo, nas suas diferentes formas", conclui.