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A dor crônica é um sintoma que acomete a população de ambos os sexos e de diferentes faixas etárias, debilitando o indivíduo e interferindo na sua qualidade de vida. Para tratá-la, muitas vezes as terapias convencionais, baseadas em medicamentos e outras áreas adjuvantes, não são mais eficazes e suficientes, exigindo novas formas de tratamentos intervencionistas.

Quando as terapias convencionais falham no tratamento da dor crônica, uma das opções que têm ganhado espaço na medicina é a estimulação medular espinhal (EME). Trata-se de uma técnica na qual, após o uso de anestésico local, o especialista coloca fios flexíveis e finos com condutores elétricos, chamados de eletrodos, nas costas, dentro da coluna vertebral. A partir daí, os eletrodos são conectados a uma pequena bateria, que possibilita programar a corrente elétrica numa configuração que se direcione às regiões dolorosas exatas para promover o melhor alívio possível.

Segundo o neurocirurgião Claudio Fernandes Corrêa, a estimulação medular espinhal traz vantagens em relação a outros procedimentos cirúrgicos considerados mais invasivos por não apresentar efeitos colaterais e por ser reversível.

"A neuroestimulação medular apresenta grau de evidência para diferentes indicações. Naquelas indicações onde o grau de evidência científica não está claramente definido, há experiências inquestionáveis de grupos profissionais em instituições acadêmicas sérias, comprovando sua eficácia. Além de tudo, é um método de estimulação e reversível, se necessário for", ressalta.

Apesar de ter algumas contraindicações, o tratamento com a estimulação medular oferece um índice de redução da dor bastante elevado e que só pode ser compreendido por aqueles que sofrem com a dor crônica e têm comprometidas as suas atividades cotidianas.

"As contraindicações relacionam-se a condições clínicas gerais desfavoráveis, tais como processo infeccioso em vigência, além de distúrbios de coagulação, por exemplo. As indicações principais são relacionadas ao quadro de dor crônica neuropática e, menos frequentemente, dor mista, como nos pacientes com câncer que evoluem com dor", completa Claudio.

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