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Ação dos antiperspirantes

Existem algumas teorias sobre a ação e os efeitos dos antiperspirantes. Acredita-se que ácido láctico, ureia, aminoácidos e cloreto de sódio, aos quais têm sido atribuídas propriedades no processo de hidratação natural, participam na elaboração de um filme hidrolipídico de superfície, que mantém a umidade da camada córnea da pele.

Ainda, como fator natural de hidratação das axilas, cerca de 25.000 glândulas écrinas são capazes de produzir grandes quantidades de agentes perspiratórios, em resposta ao calor e aos estímulos emocionais. Algumas teorias propuseram que, dentre os compostos químicos mais utilizados para reduzir a perspiração, os sais de alumínio e seus complexos (cloridróxido) têm sido referidos como os mais frequentes.

Alguns estudos relatam que alguns sais metálicos se combinam às fibrilas de queratinas intraductais, causando fechamento dos ductos écrinos e a formação de uma "rolha" córnea e, assim, obstruindo o fluxo de suor para a superfície da pele.

Em outra teoria, foi evidenciado que os antiperspirantes contendo sais de alumínio podem alterar o estado fisiológico do ducto sudoríparo por meio da formação de um molde de alumínio no seu interior, ou seja, devido à formação de um bloqueio físico, prevenindo, dessa forma, o fluxo do suor existente.

Presumiu-se, ainda, que a secreção pudesse ser reabsorvida pelo ducto. Segundo a teoria, a alteração não causa danos à saúde em razão da grande quantidade de outras glândulas écrinas, as quais asseguram os processos envolvidos na termorregulação.

 

 

Dr. Adriano Almeida é especializado em dermatologia, diretor da Sociedade Brasileira do Cabelo, pós-graduado em medicina estética e professor da pós-graduação da Fundação Pele Saudável. CRM 119415.

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