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O que deve ser feito e evitado no caso de sangramentos? Existem medidas "caseiras" que podem aliviar o problema ou é tratado com medicação?

Como 95% dos sangramentos ocorrem na porção anterior do septo nasal, se comprimirmos a ponta do nariz com nossa mão, aproximando um lado contra o outro, e mantendo apertado por cerca de 2 minutinhos, estaremos automaticamente comprimindo as artérias que são responsáveis pelo sangramento nasal na maior parte das vezes. Manter a compressão por aproximadamente 2 minutos é para que o tempo de coagulação do nosso organismo possa funcionar e ajudar a estancar o sangramento, da mesma forma que fazemos quando cortamos, por exemplo, o dedo e ficamos comprimindo o mesmo por um tempinho. O ideal é posicionar a cabeça para baixo para evitar que haja deglutição do sangue. Quando engolimos o sangue, o mesmo pode irritar nosso estômago e, mais tarde, pode gerar náuseas e até vômitos.

Num momento de sangramento, tudo que é mais frio pode ajudar a reduzir a quantidade. Dessa forma, medidas como colocar gelo na boca, fazer gargarejo com água gelada e colocar compressas frias em face podem ajudar, assim como evitar esforço físico, ambientes muito quentes e exposição ao sol.

Caso o sangramento não cesse, o paciente deve procurar por um otorrinolaringologista para que tome as medidas necessárias para o controle do mesmo.

 

Como podemos prevenir os sangramentos nasais, especialmente no inverno?

O ideal é hidratar o nariz constantemente, evitando o ressecamento do mesmo. Isso pode ser feito com lavagens nasais com soro fisiológico 0,9%, que não tem efeito colateral e é muito efetivo. O soro ajuda não só na limpeza e hidratação do nariz, como também na prevenção de resfriados, gripes e descompensações de rinite que podem desencadear uma lesão da mucosa do nariz e consequentemente o sangramento. Pacientes que apresentam rinite devem procurar seu médico para receber o tratamento adequado de forma também preventiva.

 

 

Dra. Francini Grecco de Melo Pádua possui graduação em Medicina pela Faculdade de Medicina da Fundação do ABC, residência médica em Otorrinolaringologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e especialização em Cirurgia Endoscópica Endonasal pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Concluiu Doutorado em Otorrinolaringologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e foi Professora Colaborada (MS-3) da Universidade de São Paulo, além de Médica Assistente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Atualmente é Médica Colaboradora da Disciplina de Otorrinopediatria do Departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Universidade Federal de São Paulo. Tem experiência na área de Medicina, Otorrinolaringologia, com ênfase em Cirurgia Endoscópica Endonasal e Rinossinusite.

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