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A raiva é um sentimento muito comum na convivência social das pessoas e que, mesmo assim, é quase impossível de ser controlada. Como toda e qualquer emoção, ela é resultado de algo que acontece no mundo e que aflige, seja para o bem ou para o mal. No caso específico da raiva, ela é um estado comum a situações em que algo importante é retirado, seja um objeto, uma condição de vida, uma oportunidade ou um status social.

"A raiva também acontece quando somos agredidos (fisicamente ou moralmente) e temos condições de reagir, diferentemente do medo. Esse estado é reconhecido por alterações que sentimos no corpo que nos deixam com alta probabilidade de atacar e destruir, especialmente a fonte da raiva. Se esta não estiver por perto, algo que esteja presente", explica o psicólogo Roberto Alves.

Várias são as formas de expressão de raiva mais comuns, entre elas a tentativa de reaver o que se perdeu, mesmo que envolva agressão; destruir o que estiver por perto; chorar, empurrar; arremessar coisas; bater; morder e cuspir. Quando há um processo de aculturamento do indivíduo, ele tenta usar falas agressivas, que, em tese, substituem a agressão física, além de comportamento assertivo, no qual se expressa verbalmente e sem alterações de voz aquilo que está incomodando.

Mas, afinal, por que dificilmente conseguimos controlar a raiva e usar a razão nessas situações? Segundo o psicólogo, esse é um sentimento que tem origem em situações importantes para a sobrevivência individual, motivado pela disposição e retirada de elementos, como alimento, água, sono e proteção.

"Com o crescimento, esses elementos passam a ser associados a outros não tão importantes para a sobrevivência, mas sobre os quais desenvolvemos a responsabilidade de posse, a qual somos instados a defender de qualquer maneira. Então, em situações de retirada desses pertences, reagimos como se fosse uma situação de sobrevivência, na qual a razão raramente controla", destaca Roberto.

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