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A cirurgia é a única forma de eliminar ou amenizar o problema?

Nos problemas arteriais, na maioria dos casos (85%), quando os sintomas são moderados ou leves, o tratamento preconizado é o clínico, utilizando-se drogas, como os antiagregantes plaquetários (AAS), os vasodilatadores (cilostazol), os redutores do colesterol (histatinas), associados à redução dos fatores de risco.

Só será indicado o tratamento cirúrgico para os casos de evolução mais graves, como nas claudicações limitantes, dor em repouso, lesões tróficas isquêmicas de pele, gangrenas de dedos ou mesmo de pé. Nesses casos, o tratamento pode ser o cirúrgico convencional, por meio de revascularizações, utilizando-se a veia safena ou próteses ou por meio endovascular através das angioplastias, com ou sem stent. Nos casos em que a gangrena é mais avançada, muitas vezes é necessária a amputação primária do membro.

Com relação às varizes ou dores nas pernas de causa venosa, o tratamento pode variar desde o clínico, por meio de drogas venotônicas e/ou uso de meia elástica, até o tratamento cirúrgico convencional, com extração das veias dilatadas por meio de microincisões com ou sem a extração das safenas. Porém, estão sendo cada vez mais preconizadas as terapêuticas minimamente invasivas, como a oclusão venosa por radiofrequência (oclusão da safena sem sua retirada), a oclusão venosa por laser e a oclusão venosa por ecoescleroterapia (microespuma). Por serem procedimentos menos invasivos, eles podem ser realizados ambulatorialmente com anestesia local. No entanto, em todos os casos, devem ser analisados previamente para determinar a melhor opção terapêutica.

 

 

Prof. Dr. João Antonio Correa é médico formado pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), residência em Angiologia e Cirurgia Vascular pelo Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (IAMSPE). Título de especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular pelo MEC e pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV). Mestre em Ciências da Saúde pela FMABC e Doutor em Ciências pela Universidade Federal do Estado de São Paulo (UNIFESP). Regente da Disciplina de Angiologia e Cirurgia Vascular e Coordenador Médico da Pesquisa Clínica da FMABC. Inscrito no Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo – CREMESP – sob o número 38736.

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