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Nunca foi fácil para nós, seres humanos, lidarmos com a questão da existência humana. Na perda de entes queridos não é diferente, já que o homem é mais feliz e capaz de desenvolver seus potenciais quando está seguro de que, se precisar enfrentar alguma dificuldade, poderá contar com uma ou mais pessoas que virão em sua ajuda. Mas e quando essas pessoas falecem e nos deixam?

Segundo a psicóloga clínica Dra. Monica Mota, a teoria do apego procura justificar a tendência dos seres humanos em estabelecer fortes vínculos afetivos com alguns outros, entendendo o vínculo como um comportamento de sobrevivência e explicando as múltiplas maneiras de manifestação emocional e perturbações.

Com isso, além de lidar com a perda, a morte de uma pessoa significativa é capaz de despertar sentimentos também em relação à própria morte, assumindo um papel de ameaça e de aproximação da própria finitude. "Os psicólogos são unânimes em reconhecer que a perda de alguém querido representa o rompimento de um vínculo significativo e uma das mais dolorosas experiências que o ser humano pode viver. Concomitantemente, a perda ocasiona muitas mudanças na vida do enlutado, provocando perdas secundárias e impondo a ele a necessidade de se reajustar socialmente, aprendendo novas formas de estar na vida", explica a Dra. Monica.

Para ajudar o enlutado a superar a dor da perda de uma maneira mais tranquila, a psicóloga acredita que os familiares e amigos têm papel fundamental não só na resolução de questões práticas, como também ao oferecer um ambiente confortável para o desabafo. "Neste sentido, é importante respeitar a maneira como o enlutado consegue lidar com a situação de perda, considerando a dificuldade que ele pode ter em entrar em contato com essa situação", ressalta.

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